PAI
O desenho
da risca de giz
eu fiz
no solo sagrado
do assoalho
deitei
ajoelhei meu coração
no chão
só para ouvir
o silêncio das batidas
me aplaudiu
senti o fiapo
do corpo do meu pai
que caiu ali
no chão, infarto
Então plantei meu pai
nos jardins
do Morumbi
onde nunca mais voltei
porque me escondi
do peso pesado
que afugenta a gente
que alimenta a dor
que provoca o desamor
fugi correndo sem vento
nem para trás eu olhei
para ninguém
Além de mim,
mais ninguém
sozinha como nasci e cresci.
Parabéns, jardineira da aceitação! Bjaun
ResponderExcluirObrigada, Flá! bjo. lili
ResponderExcluirLindo, e puro... Como todo amor entre filha e pai deve ser!
ResponderExcluirUma lindeza.
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